Espondilolistese: conheça os detalhes, tratamentos e prevenção

22 de fevereiro de 2024 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria

A espondilolistese é uma condição complexa que demanda uma compreensão abrangente. Assim, neste artigo vamos aprofundar nossa exploração sobre essa condição vertebral, abordando não apenas sua definição e causas, mas também os diversos tipos, sintomas, métodos de diagnóstico, classificações, tratamentos específicos e estratégias preventivas.

 

O que é Espondilolistese?

A espondilolistese refere-se ao deslizamento anormal de uma vértebra sobre a vértebra imediatamente abaixo. Dessa forma, esse deslocamento pode causar desalinhamento na coluna vertebral, levando a desvios posturais e uma série de sintomas desconfortáveis. Além disso, na maioria dos casos, a espondilolistese ocorre na região lombar, sendo mais prevalente na vértebra L5 sobre o sacro (L5-S1).

 

Tipos de Espondilolistese

 

1. Espondilolistese Ístmica:

Associada a uma fratura no istmo vertebral, geralmente resultante de traumas repetitivos, como os ocorridos em certas práticas esportivas.

 

2. Espondilolistese Degenerativa:

Resultado do envelhecimento e degeneração dos discos intervertebrais, assism, levando ao deslizamento vertebral.

 

3. Espondilolistese Congênita:

Presente desde o nascimento, devido a defeitos no desenvolvimento embrionário das vértebras.

 

4. Espondilolistese Traumática:

Desenvolve-se após um trauma agudo na coluna vertebral, dessa forma, resultando em deslocamento vertebral.

 

5. Espondilolistese Patológica:

Associada a doenças ósseas, como tumores, que comprometem a estabilidade da coluna.

 

6. Espondilolistese Iatrogênica:

Surge após procedimentos cirúrgicos na coluna, especialmente aqueles que envolvem a remoção de estruturas que contribuem para a estabilidade vertebral.

Espondilolistese

Sintomas da Espondilolistese

Os sintomas podem variar amplamente. Assim, incluem:

 

Dor lombar

Persistente e localizada, dessa forma, podendo irradiar para as nádegas e coxas.

 

Fraqueza e formigamento

Especialmente nas pernas, resultantes de compressão nervosa.

 

Alterações no controle da bexiga e intestino

Em casos mais avançados, devido à compressão das estruturas nervosas.

 

Rigidez na Coluna

Dificuldade em realizar movimentos específicos.

 

Em suma, é crucial notar que alguns pacientes podem ser assintomáticos, descobrindo a espondilolistese incidentalmente durante exames de imagem realizados por outros motivos.

 

Classificação da Espondilolistese

A classificação de Wiltse e Bradford oferece uma perspectiva etiológica, assim, categorizando essa condição em cinco grupos com base nas causas subjacentes. Porém, a classificação de Meyerding avalia o grau de deslizamento, assim, variando de Grau I a Grau IV. Dessa forma, essas classificações são fundamentais para orientar o tratamento e o prognóstico.

 

Diagnóstico da Espondilolistese

O diagnóstico envolve uma abordagem abrangente, incluindo exame clínico, histórico médico detalhado e exames de imagem como radiografias, tomografia computadorizada (TC) e ressonância magnética (RM). Além disso, a precisão do diagnóstico é essencial para a escolha adequada do tratamento.

 

Tratamento da Espondilolistese

O tratamento varia conforme a gravidade dos sintomas e pode incluir:

 

1. Abordagem conservadora:

– Fisioterapia: Fortalecimento muscular, correção postural e exercícios específicos.

– Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios para controle da dor e inflamação.

– Infiltração na Coluna: Em casos de dor aguda, pode ser considerada para alívio temporário.

 

2. Tratamento cirúrgico:

– Fusão Espinhal: Cirurgia para estabilizar a coluna vertebral, muitas vezes utilizando parafusos e dispositivos de fusão.

– Descompressão Nervosa: Remoção de tecidos compressivos para aliviar sintomas neurológicos.

 

O tipo de tratamento escolhido dependerá da gravidade dos sintomas, do grau de deslizamento vertebral e das condições específicas de cada paciente.

Espondilolistese

Prevenção da Espondilolistese

A prevenção desempenha um papel significativo na gestão dessa condição. Assim, algumas estratégias incluem:

 

1. Atividade física regular

Exercícios para fortalecer a musculatura estabilizadora da coluna.

 

2. Manutenção do peso corporal ideal

O excesso de peso pode aumentar a carga na coluna.

 

3. Boa postura

Evitar posições que coloquem pressão excessiva na coluna vertebral.

 

4. Técnicas adequadas de levantamento de peso

Reduzir o risco de lesões na coluna durante atividades cotidianas.

 

Assim, essas medidas preventivas são fundamentais para minimizar o risco de desenvolvimento ou agravamento da espondilolistese.

 

Conclusão

Em suma, a espondilolistese é uma condição que pode causar dor e desconforto. Contudo, há tratamentos disponíveis para ajudar a aliviar os sintomas. Com cuidados adequados e medidas preventivas, essa condição pode ser tratada, e o indivíduo pode ter uma vida normal.

Se tiver quaisquer perguntas ou preocupações, fale com um de nossos fisioterapeutas especialistas. Estamos aqui para ajudar na sua jornada em direção à saúde e bem-estar da coluna vertebral.

Médico neurocirurgião especialista em tratamentos da coluna vertebral, é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Academia Brasileira de Neurocirurgia e Sociedade Brasileira de Coluna, bem como da North American Spine Society e Spinal Artroplasty Society.


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