Osteoartrite degenerativa: uma análise sobre a doença e seus desdobramentos
26 de fevereiro de 2024 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria
A osteoartrite, também conhecida como osteoartrose ou simplesmente artrose, emerge como uma das condições mais prevalentes entre os reumatismos, representando aproximadamente 30 a 40% das consultas em ambulatórios de Reumatologia. Além disso, a magnitude dessa condição é ainda mais destacada pelos dados da previdência social no Brasil, onde a osteoartrite responde por 7,5% de todos os afastamentos do trabalho. Além disso, ela ocupa a segunda posição entre as doenças que justificam auxílio-inicial (7,5%) e auxílio-doença em prorrogação (10,5%), sendo a quarta causa de aposentadoria (6,2%).
Compreendendo a natureza da doença
A osteoartrite, ou artrose, é uma enfermidade degenerativa que afeta as articulações, marcada pelo desgaste progressivo da cartilagem e pela formação de osteófitos, popularmente conhecidos como “bicos de papagaio”. Dessa forma, essa condição pode ser classificada como primária, quando a causa é desconhecida, ou secundária, quando há uma causa identificada, como defeitos articulares ou alterações metabólicas. Além disso, a hereditariedade desempenha um papel significativo, especialmente em apresentações clínicas específicas, como os nódulos de Heberden e Bouchard nas mãos.
Tipos distintos e manifestações específicas
As articulações mais frequentemente afetadas pela osteoartrite são os joelhos, quadris, mãos e coluna. Dessa forma, a incidência dessa condição aumenta com a idade, sendo mais comum após os 60 anos. Embora a osteoartrite tenha uma preferência geral por mulheres, a localização específica pode variar entre os sexos.
1. Artrose no joelho:
– Sintomas: Rigidez matinal, dor constante, dificuldade de equilíbrio e inchaço.
– Fatores de Risco: Sobrecarga de peso, postura inadequada e obesidade.
2. Artrose no quadril:
– Também conhecida como osteoartrose de quadril ou coxartrose.
– Sintomas: Rigidez matinal, dor nas articulações próximas aos quadris, virilha e coxas.
3. Artrose nas mãos:
– Pode levar à incapacidade de mover os dedos.
– Inicia com sensação de falta de lubrificação nas articulações.
4. Artrose na coluna:
– Causa desgaste nas articulações da coluna, assim, resultando em dor que varia de moderada a intensa.
Compreendendo as Causas
A osteoartrite frequentemente é desencadeada por movimentação anormal, infecção articular, envelhecimento, lesão articular, obesidade e fatores genéticos. Assim, atletas e trabalhadores que realizam movimentos repetitivos estão mais propensos ao desenvolvimento da doença, tornando a prática de exercícios físicos, quando realizada inadequadamente, um fator de risco.
Abordagens para alívio e melhoria da qualidade de vida
Embora não exista uma cura definitiva para a osteoartrite, diversas estratégias visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida:
1. Exercícios físicos:
– Essenciais para o controle dos sintomas, com ênfase em natação e caminhada.
2. Medicamentos:
– Ácido acetilsalicílico e analgésicos podem aliviar a dor, mas seu uso deve ser cauteloso.
3. Tratamento Cirúrgico:
– Opções como artroplastia, artrodese, osteoplastia e osteotomia são consideradas em casos selecionados.
Fatores de risco
A osteoartrite é uma condição multifatorial, influenciada por fatores sistêmicos e biomecânicos. Além disso, entre os fatores de risco estão idade, sexo, fatores hormonais e metabólicos, lesões, deformidades adquiridas, atividades físicas intensas e fraqueza muscular.
Diagnóstico e intervenção
O diagnóstico é baseado em critérios específicos, incluindo rigidez matinal, artrite em áreas articulares específicas e presença de nódulos reumatoides. Além disso, o tratamento abrange abordagens medicamentosas, fisioterapia e, em casos graves, intervenções cirúrgicas.
Cuidado e prevenção
Embora não seja possível evitar completamente a osteoartrite, alguns cuidados podem reduzir o risco e melhorar a qualidade de vida:
– Repouso adequado.
– Evitar movimentos repetitivos e sobrecarga.
– Manter boa postura e praticar exercícios de fortalecimento.
– Controle do peso e dieta saudável.
– Uso de dispositivos de apoio, como bengalas.
A osteoartrite degenerativa não é uma sentença inevitável com o envelhecimento. Adotar um estilo de vida saudável e seguir práticas preventivas pode contribuir significativamente para o bem-estar e qualidade de vida, proporcionando independência e conforto aos indivíduos afetados.