Quando a coluna inflama: Entenda a espondilodiscite
30 de dezembro de 2024 | sem comentário | Categoria(s): Artigos
A espondilodiscite é uma infecção que afeta a coluna vertebral, podendo atingir tanto os discos intervertebrais quanto as vértebras. Geralmente, ela é causada pela bactéria Staphylococcus Aureus, o que resulta na espondilodiscite piogênica, ou por infecções relacionadas à tuberculose (Mal de Pott). Além disso, outras condições inflamatórias, como doenças autoimunes ou complicações pós-operatórias, também podem contribuir para o surgimento da doença
Como ocorre a espondilodiscite?
A infecção ocorre quando uma bactéria, que inicialmente afeta outra parte do corpo, chega à corrente sanguínea e se espalha até a coluna vertebral. Nesse sentido, as infecções mais comuns que facilitam essa disseminação incluem infecções do trato urinário e infecções de pele.
Sintomas
Os sintomas mais comuns incluem dor localizada na coluna, especialmente nas regiões lombar e torácica, a qual tende a se intensificar com o tempo. Além disso, outros sintomas podem incluir:
- Fraqueza
- Dormência
- Febre
- Sudorese
- Perda de apetite
- Sintomas radiculares
Fatores de risco
Alguns grupos estão mais vulneráveis à espondilodiscite, incluindo:
- Pacientes com sistema imunológico comprometido
- Crianças menores de 10 anos e idosos acima de 60 anos
- Pessoas com infecções, principalmente do trato urinário ou de pele
- Pacientes em hemodiálise ou com diabetes
- Usuários de drogas injetáveis
- Etilistas
- Pacientes com acesso venoso frequente
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações graves. Os exames principais para detectar a espondilodiscite incluem:
- Exame físico: ajuda a descartar condições semelhantes, como hérnia de disco e lesões na coluna.
- Exame de sangue: pode revelar sinais de infecção, como aumento de glóbulos brancos e outros marcadores inflamatórios.
- Ressonância magnética: é o exame de imagem mais utilizado para diagnosticar espondilodiscite.
Em alguns casos, pode ser necessária uma punção guiada por tomografia ou procedimento cirúrgico para identificar o agente infeccioso.
Sequelas
Se não tratada corretamente, a espondilodiscite pode levar a sequelas graves, como:
- Dores crônicas na região afetada
- Osteomielite, especialmente em crianças e idosos
- Deformidades como escoliose ou cifose
- Déficits neurológicos, como perda de mobilidade ou sensibilidade
- Em casos mais graves, pode evoluir para sepse e falência de órgãos, podendo levar ao óbito.
Tratamento
O tratamento consiste principalmente em antibioticoterapia, a qual pode ser administrada por via intravenosa ou oral, dependendo da gravidade do caso. Além disso, o tratamento pode durar de 4 a 6 semanas, variando conforme a resposta do paciente.
Necessidade de cirurgia
Embora menos comum, a cirurgia pode ser necessária em casos graves, especialmente se houver complicações como abscessos ou comprometimento da medula espinhal. O procedimento visa remover os tecidos infectados e melhorar a recuperação do paciente.
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