Opções de tratamento da Coluna Cervical

Decisões relacionadas ao tratamento da coluna cervical devem ser tomadas com cautela.

Na maioria das vezes existe tempo suficiente para informar-se e apreender sobre a doença ou lesão na região cervical. Você é a única pessoa que pode decidir sobre seu tratamento. É importante que você tenha amplo conhecimento sobre as limitações, os riscos e os possíveis benefícios envolvendo sua decisão; por isso, em uma consulta, pergunte sobre tudo, esclareça suas dúvidas e, se for necessário, faça-se acompanhar de um familiar. Tenha sempre em mente que as informações aqui contidas podem não se aplicar ao seu caso.

Conheça os tratamentos indicados para doenças na coluna cervical:

Opções Clínicas

Existem muitas situações em que o tratamento clínico para doenças da coluna cervical são preferenciais às indicações cirúrgicas. Alguns exemplos de terapias não cirúrgicas incluem imobilização, fisioterapia e medicação para tratamento de problemas na região cervical.

Esteroides não inflamatórios

Agem reduzindo a inflamação, promovendo, assim, o alívio da dor na coluna cervical causada pela irritação das raízes e articulações. O Ibuprofeno e o Napnosyn são anti-inflamatórios não esteroides largamente utilizados. O efeito indesejável mais frequente é a irritação da mucosa gástrica. Uma nova alternativa são os chamados inibidores da Cox2, que teriam efeitos menores sobre a mucosa gástrica e com a vantagem de uma única tomada diária.

Massagem para a coluna

Frequentemente é usada para aliviar tensão muscular, contraturas e dores inflamatórias. Outros benefícios incluem melhora da flexibilidade e da amplitude de movimento.

Injeções epidurais na coluna

A medicação é injetada em torno do canal espinhal, no espaço epidural (acima da dura mater). São altamente efetivos no alívio das dores na coluna cuja origem possa ser inflamatória e pequenas protusões discais. A duração de seu efeito é limitada e podem ser necessárias várias injeções em diferentes sessões.

Fisioterapia para tratamento da coluna

Durante a fisioterapia, diferentes tratamentos como aplicação local de gelo, ultrassom e massagens são geralmente associados para alívio da contratura e dor na coluna cervical. Exercícios terapêuticos são também prescritos para fortalecer e aumentar a amplitude dos movimentos. Ao mesmo tempo, são ensinados ao paciente a correção de postura e exercícios de relaxamento.

Cirurgias da coluna

Discectomia Cervical Anterior

É uma cirurgia em que é feita uma pequena incisão no pescoço para alcançar a parte anterior da coluna cervical, a fim de remover um disco intervertebral ou espículas ósseas.

Discectomia Cervical Anterior com Fusão

É uma cirurgia feita na coluna cervical que tem a finalidade de aliviar a pressão exercida sobre as terminações nervosas ou sobre a medula espinhal. Nesse procedimento realiza-se uma fusão entre vértebras, mediante um enxerto ósseo.

Corpectomia Cervical

É um procedimento em que é retirada uma porção da vértebra e do disco intervertebral adjacente para aliviar a pressão sobre as terminações nervosas e a medula espinhal. Em alguns pacientes o canal ósseo da coluna cervical pode sofrer um estreitamento devido às espículas ósseas que surgem nas vértebras ou nos ligamentos encontrados por trás delas. Nesse caso, pode ser necessária a remoção de uma ou mais vértebras e seus respectivos discos intervertebrais, pois a região afetada deve ser descomprimida adequadamente e isso não pode ser alcançado com uma discectomia cervical anterior.

Foraminotomia

É um procedimento que visa alargar a saída do canal medular para aliviar os sintomas causados por um nervo comprimido. A compressão das terminações nervosas da coluna cervical pode causar dor no pescoço, rigidez e dores, irradiando-se para os ombros, os braços e as mãos, bem como perda de sensibilidade, formigamento e/ou fraqueza nas mãos e nos braços. Protusão ou rompimento dos discos intervertebrais, espículas ósseas, ligamentos ou articulações hipertrofiadas, todas essas situações causam o estreitamento da saída das terminações nervosas da coluna cervical, podendo causar os sintomas descritos. Pacientes que não se beneficiam de tratamentos preventivos podem vir a ser candidatos para esse tipo de cirurgia.

Discectomia de Acesso Mínimo

A discectomia/foraminotomia cervical anterior é realizada para aliviar pressão das terminações nervosas da coluna cervical. Nessa cirurgia, é usado um pequeno retrator tubular para acessar a coluna através de uma pequena incisão.
Tenha em mente, ao ler as informações aqui colocadas, que todos os tratamentos e resultados esperados são específicos para cada indivíduo e podem variar. Complicações como infecções, perda de sangue, problemas intestinais ou de bexiga fazem parte dos riscos em potencial. Recomenda-se consultar um médico para obter informações mais completas a respeito de indicações, avisos, precauções, eventos adversos, resultados clínicos e outras informações importantes.

Tratamento Cirúrgico de lesão na coluna cervical: Discectomia Cervical Anterior com Fusão

É uma cirurgia feita na coluna cervical e tem por finalidade aliviar a pressão exercida sobre as terminações nervosas ou sobre a medula espinhal. Nesse procedimento realiza-se uma fusão entre vértebras através de um enxerto ósseo.

Cirurgia de Fusão Cervical Anterior: Exposição e Remoção do Disco Cervical

Após o afastamento do tecido adiposo (gordura) e muscular mediante o uso de um retrator, o disco fica exposto e uma porção dele é retirada, usando-se um fórceps. Com o auxílio de uma broca cirúrgica aumenta-se o espaço intervertebral, o que facilita a retirada do restante do disco e das espículas ósseas. Concluído esse procedimento, um único ligamento separa os instrumentos cirúrgicos das terminações nervosas e da medula espinhal.

Colocação do Enxerto de Tecido Ósseo na Coluna

Uma pequena porção de tecido ósseo é retirada da crista ilíaca do paciente através de uma incisão separada e é então colocada no lugar do disco removido, onde começará a cicatrizar, fundindo as vértebras adjacentes.

Aumentando a estabilidade: Fusão

É inserido um enxerto de tecido ósseo entre duas vértebras para que, mediante sua fusão, se tornem uma estrutura. Essa fusão ocorre através do enxerto de tecido ósseo; porém, uma pequena placa é também inserida imediatamente após a cirurgia para aumentar a estabilidade da coluna e para diminuir o tempo de uso de um colar ortopédico durante a recuperação. E também para aumentar as chances de a cicatrização e a fusão entre as vértebras ocorrerem da forma mais rápida.

Corpectomia Cervical

É um procedimento em que uma porção da vértebra e do disco intervertebral adjacente é retirada para aliviar a pressão sobre as terminações nervosas da coluna e sobre a medula espinhal. Um enxerto de tecido ósseo, com ou sem uma placa metálica para estabilização, é usado para reconstruir a parte da coluna afetada por esse procedimento cirúrgico.

Corpectomia

A coluna cervical é amplamente exposta separando-se e afastando-se os tecidos normais. Os discos acima e abaixo da vértebra em questão são retirados. Parte do tecido vertebral que é retirado pode ser guardado para utilizar-se na fusão.

Reconstrução

Uma estrutura óssea é colocada no espaço que ficou no meio da vértebra, estabilizando a coluna. Essa estrutura, com o passar do tempo, cicatriza e se funde com o resto da vértebra. Em vez de usar tecido ósseo do próprio paciente, pode-se usar tecido ósseo do banco de ossos ou um enxerto heterólogo artificial. Uma placa metálica parafusada é muitas vezes utilizada para facilitar o processo de cicatrização (fusão) da vértebra, para fortalecê-la e criar estabilidade.

Foraminotomia Cirúrgica

É um procedimento na coluna que visa alargar a saída do canal medular para eliminar os sintomas causados por compressão da raiz.

O que acontece depois de uma cirurgia da coluna?

A maioria dos pacientes sente apenas um leve desconforto na parte do corpo em que foi realizada a operação, mas isso pode ser controlado com o uso de analgésicos orais. Uma leve dor na região cervical é comum e tende a desaparecer em pouco tempo. Geralmente os pacientes têm alta do hospital entre 24 a 48 horas após a cirurgia. Pacientes podem sentir o alívio ou a cura completa dos sintomas logo após a cirurgia, embora alguns dos sintomas tendam a melhorar gradualmente.

Um resultado positivo dependerá, em parte, da capacidade do paciente de seguir as recomendações de sua equipe médica e de uma expectativa realista de atingir as metas da cirurgia (o que depende também das condições pré-operatórias do paciente). Já que o cigarro diminui dramaticamente a cicatrização do tecido ósseo, deixar de fumar aumenta significativamente as chances de sucesso.

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