Compreendendo a Tecnologia de Disco Lombar Artificial Histórico
14 de setembro de 2016 | sem comentário
A degeneração do disco intervertebral é uma condição degenerativa que pode causar dor e complicações como estenose espinhal, espondilolistese e retrolistese.
A dor lombar (lombalgia) é uma causa significativa de incapacitação em todo o mundo. Estima-se que 70 a 80% das pessoas sentirão dor lombar em algum momento de suas vidas. Existem diversas teorias sobre as causas das dores na parte inferior das costas, sendo que a principal etiologia está relacionada com a degeneração do disco intervertebral. Os discos estão localizados entre cada uma das vértebras e proporcionam “absorção de choque”, flexibilidade e força para a coluna.
Patologia
À medida que as pessoas envelhecem, os discos intervertebrais degeneram e perdem suas propriedades mecânicas. Os discos entram em colapso, levando ao estreitamento do canal espinhal, com compressão sobre os nervos levando a um quadro de dores nas costas. A síndrome dolorosa do colapso de disco é conhecida como doença degenerativa de disco (DDD).
Tratamento de doença degenerativa de disco
A maioria dos pacientes com DDD é tratada com sucesso de forma não cirúrgica através de fisioterapia e exercícios. A cirurgia é uma opção para pacientes com dor que não obtêm nenhuma melhora com a terapia conservadora. A fusão lombar tem sido, tradicionalmente, o tratamento cirúrgico escolhido para a dor na parte inferior das costas devido à DDD e tem demonstrado ser capaz de diminuir a dor e a incapacitação em pacientes que foram bem selecionados.
Uma possível consequência da fusão vertebral em longo prazo pode ser a degeneração acelerada das articulações circunvizinhas. A fusão de um segmento resulta em uma articulação a menos para compartilhar a distribuição dos movimentos e das cargas. Essa carga adicional aos discos circunvizinhos pode acelerar sua própria degeneração.
Discos Artificiais
Um avanço recente no tratamento da DDD foi o uso de discos artificiais. Essa tecnologia já está disponível na Europa há mais de uma década e, desde 2004, recebeu aprovação da Agência Norte-Americana Food and Drug Administration (FDA) para a utilização nos Estados Unidos, sendo também aprovada para uso em nosso país. Há diversos desenhos diferentes de discos e cada um deles é único, mas todos possuem um objetivo semelhante: reproduzir o tamanho e a função de um disco intervertebral normal.
Os discos artificiais permitem a conservação do movimento após seu cirurgião remover o disco degenerado. Isso acontece porque a prótese é planejada de forma a imitar o movimento normal entre as vértebras adjacentes. O disco artificial pode aumentar o espaço disponível para os nervos, aliviar a pressão nas articulações na parte posterior da coluna (facetas articulares) e manter a curvatura natural das costas. Além disso, após um implante de disco artificial, o paciente é incentivado a mover seu tronco. Quanto mais cedo o paciente começar a se mover, mais cedo será sua reabilitação e recuperação.
Há diversos discos diferentes no mercado. Alguns deles são feitos de metal, enquanto outros são de metal e plástico. Os materiais usados incluem plástico de uso médico (polietileno) e uma liga de cromo e cobalto também de uso médico. Esses materiais são usados em diversos outros implantes médicos, tais como em substituições de bacia e de joelho.
A cirurgia pode levar de 3 a 6 horas e é realizada através de uma incisão no abdômen. A maioria dos pacientes já fica em pé e caminha no primeiro dia após a cirurgia. Os principais riscos do procedimento estão relacionados às veias e artérias maiores das pernas. Além disso, os homens correm riscos com relação à fertilidade após esse procedimento.
Quem é candidato para a Substituição de Disco?
- Pacientes cuja maior parte das dores nas costas é causada por disco intervertebral.
- Pacientes com pouco comprometimento da faceta articular ou da compressão óssea nos nervos.
- Pacientes que não estão excessivamente acima do peso.
- Pacientes sem cirurgia anterior importante na coluna lombar.
- Pacientes sem deformidade (escoliose).
Seu cirurgião fará alguns testes antes da cirurgia para verificar se você é candidato para o procedimento. Isso pode incluir uma ressonância magnética, discografia, tomografia computadorizada e exames de raios X. Se lhe for indicada uma fusão vertebral, você pode querer perguntar ao seu cirurgião se você é candidato para substituição de disco lombar.