A condição que desalinha sua coluna e causa dor

21 de abril de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria

A espondilolistese é uma condição que ocorre quando uma vértebra se desloca para a frente em relação à vértebra abaixo dela, o que pode causar a perda do alinhamento adequado da coluna. Essa alteração gera dor, desconforto e limitações nos movimentos diários. Embora o deslizamento possa ocorrer em qualquer parte da coluna, ele é mais comum na região lombar.

O que é a Espondilolistese e Como Ela Afeta a Coluna?

Essa condição provoca a formação de uma saliência na coluna vertebral, que interfere na funcionalidade da região, comprometendo a saúde do sistema locomotor. O deslizamento é classificado em cinco graus, dependendo da porcentagem de deslocamento da vértebra.

  • Grau I: Deslocamento inferior a 25%
  • Grau II: Deslocamento de 26% a 50%
  • Grau III: Deslocamento de 51% a 75%
  • Grau IV: Deslocamento de 76% a 100%
  • Grau V: Deslocamento completo da vértebra (forma mais grave)

Principais Sintomas da Espondilolistese

A espondilolistese pode ser assintomática ou apresentar uma série de sintomas, que incluem:

  • Dor lombar: A dor constante ou intermitente na região lombar é o sintoma mais comum, geralmente piorando com movimentos, atividades físicas ou longos períodos em pé ou sentado.
  • Dor no nervo ciático: O deslocamento da vértebra pode pressionar as raízes nervosas, causando dor que pode irradiar ao longo do nervo ciático, afetando pernas e pés.
  • Formigamento: A compressão das raízes nervosas também pode resultar em formigamento nas pernas, nos pés e até na região lombar.
  • Fraqueza nas pernas: O enfraquecimento muscular nas pernas pode dificultar atividades cotidianas, como caminhar ou subir escadas.
  • Rigidez na região lombar: A rigidez é uma sensação de aperto ou limitação de movimento na parte inferior das costas, principalmente ao se inclinar ou girar.

Causas e Tipos de Espondilolistese

A espondilolistese pode ocorrer devido a uma série de fatores, incluindo:

  • Desgaste natural: O envelhecimento e o desgaste dos discos intervertebrais são causas comuns, especialmente em pessoas com mais de 50 anos.
  • Fraturas ou lesões traumáticas: Lesões nas vértebras podem resultar no deslocamento.
  • Má formação congênita: A espondilolistese displásica ocorre devido a uma malformação das vértebras desde o nascimento.
  • Atividades físicas intensas: Atletas jovens, especialmente os envolvidos em esportes de alto impacto, podem sofrer de espondilolistese ístmica.

Existem também diferentes tipos de espondilolistese:

  • Espondilolistese degenerativa: Ocorre devido ao desgaste natural da coluna.
  • Espondilolistese traumática: Resulta de fraturas ou lesões graves na coluna.
  • Espondilolistese displásica: Causada por malformações congênitas.
  • Espondilolistese ístmica: Mais comum em jovens, devido a fraturas nas vértebras.

Como é Feito o Diagnóstico?

O diagnóstico é feito por meio de radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas, que permitem observar o grau de deslocamento das vértebras e o impacto nas raízes nervosas. Testes de mobilidade e força também são realizados para avaliar o comprometimento funcional do paciente.

Tratamento da Espondilolistese

O tratamento depende do grau de deslocamento da vértebra e dos sintomas apresentados. Existem duas abordagens principais: tratamentos conservadores e tratamentos cirúrgicos.

Tratamentos Conservadores

Para casos leves a moderados, os tratamentos conservadores incluem:

  • Fisioterapia: Exercícios para fortalecer a musculatura da coluna e melhorar a postura.
  • Uso de coletes ortopédicos: Especialmente útil para aliviar a pressão nas vértebras deslocadas.
  • Medicamentos: Analgésicos e anti-inflamatórios para controlar a dor e reduzir a inflamação.
  • Exercícios de fortalecimento e alongamento: Técnicas para manter a flexibilidade e estabilizar a coluna.

Tratamento Cirúrgico

A cirurgia é recomendada nos casos mais graves, quando há comprometimento neurológico ou falha dos tratamentos conservadores. A cirurgia pode envolver:

  • Descompressão neural: A remoção de tecidos ou discos que estão comprimindo os nervos.
  • Reposicionamento da vértebra: Utilização de parafusos, hastes ou placas para estabilizar a coluna.
  • Fusão espinhal: Quando necessário, uma fusão óssea pode ser realizada para estabilizar a área afetada.

Cuidados Pós-Operatórios e Recuperação

A recuperação pós-cirurgia de espondilolistese geralmente leva entre 30 a 60 dias. Durante esse período, o paciente deve:

  • Evitar esforços excessivos, como levantar peso e atividades de alto impacto.
  • Realizar caminhadas leves para melhorar a circulação.
  • Evitar permanecer em uma posição por longos períodos e subir escadas.
  • Seguir as orientações médicas rigorosamente para evitar complicações.

Prevenção da Espondilolistese

Embora algumas causas da espondilolistese sejam inevitáveis, você pode adotar medidas preventivas, como:

  • Praticar exercícios regularmente: Focar no fortalecimento dos músculos do core (abdômen e lombar) para dar suporte à coluna.
  • Manter uma boa postura: Evitar posturas incorretas, especialmente ao ficar sentado por longos períodos.
  • Controlar o peso corporal: O excesso de peso pode sobrecarregar a coluna e aumentar o risco de espondilolistese.

Conclusão: Cuide da Sua Coluna Para Evitar Complicações

A espondilolistese é uma condição que pode causar dor e afetar a sua qualidade de vida, mas com o tratamento adequado, a maioria dos pacientes pode encontrar alívio. Seja com abordagem conservadora ou cirurgia, o importante é buscar ajuda profissional ao primeiro sinal de desconforto.

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