Cirurgia da coluna é indicada em casos de problemas mais graves
31 de março de 2017 | sem comentário | Categoria(s): cirurgia da coluna
Cirurgia da coluna com procedimentos minimamente invasivos diminui riscos de complicações cirúrgicas e oferece rápida recuperação
De acordo com o IBGE, as dores nas costas causadas por causa hérnia de disco cervical, lombalgia, discopatia degenerativa e hérnia de disco lombar, entre outras, são a terceira causa de aposentadoria precoce e a segunda em licença de trabalho. Só no Brasil, já existem mais de 5,3 milhões de portadores de hérnia de disco que sofrem diariamente com dores na coluna. Crônicas, as dores prejudicam a qualidade de vida e afetam a produtividade de seus portadores.
Diagnósticos de doenças de coluna são, há muito tempo, recebidos com preocupação pelos pacientes por causa uma fama infundada de que os tratamentos são complexos e dolorosos. Mas nem sempre esses males escondem doenças graves. Em sua maioria, as dores na coluna desaparecem após tratamentos mais simples como fisioterapia, RPG, hidroterapia, acupuntura e pilates, além de medicação, entre outros. Mas, como proceder quando as dores na coluna insistem em permanecer, tornando-se parte da rotina e afetando a vida do paciente?
Além da variedade de tratamentos que são definidos pelo especialista que chega ao resultado por meio de exames solicitados de acordo com a complexidade e o histórico de cada caso, a cirurgia da coluna é a solução para aqueles problemas mais graves. Entretanto é notório que todo procedimento cirúrgico acarreta uma série de consequências, no mínimo, incômodas para o paciente como internação e recuperação mais demoradas. Felizmente, o avanço tecnológico na medicina facilitou o desenvolvimento de técnicas minimamente invasivas que são capazes de curar problemas mais graves com menos destruição de tecidos e músculos e menor sangramento.
“Caso as tentativas de tratamento com medicações e terapias não aliviem as dores na coluna, é estudada a possibilidade de uma intervenção cirúrgica de acordo com o caso. Antes, a única opção disponível era a cirurgia convencional, que dependendo do corte, chegava até a 20 centímetros de acordo com o problema. Hoje, já é possível tratar as doenças da coluna com métodos mais modernos e menos invasivos que proporcionam aé melhores resultados”, detalha o Dr. Ailton Moraes, médico especializado em cirurgia da coluna e diretor médico da Clínica Vertebrata, de Porto Alegre.
Procedimentos minimamente invasivos da coluna são o que existe de mais avançado em tratamento cirúrgico no mundo.
A cirurgia minimamente invasiva da coluna visa o tratamento dos problemas mais complexos de coluna de maneira menos agressiva para o organismo. Consequentemente, ela oferece também uma recuperação mais rápida em conjunto com um retorno menos demorada para as atividades habituais e profissionais do paciente. “Outro benefício da cirurgia minimamente invasiva da coluna é a diminuição de risco de sangramento e infecções pós-operatórias, pois os cortes também são menores ou até mesmo inexistentes”, ressalta o diretor médico da Clínica Vertebrata.
Cirurgia da coluna minimamente invasiva na prática
Entre as doenças que podem ser tratadas com essa modalidade cirúrgica a principal é a hérnia de disco.
Confira abaixo doenças da coluna que podem ser tratadas por meio de cirurgia minimamente invasiva
- Dor lombar ou cervical
- Nervo ciático
- Hérnia de disco
- Estenose espinhal
- Escoliose
- Espondilolistese
- Doença degenerativa discal
- Fraturas da Coluna
- Infecção Vertebral/ Discal
- Tumores na Coluna
Fraturas, deformidades e tumores também podem ser aliviados com as técnicas minimamente invasivas na coluna, que podem ser realizadas com cortes bem pequenos ou até inexistentes, visto que em muitos casos, o procedimento é realizado com agulhas e com a ajuda de um endoscópio.
Tipos de cirurgias da coluna
Dentro dessa modalidade, é importante diferenciar tipos de intervenções minimamente invasivas:
- Microdiscetomia Endoscópica (retirada de hérnia de disco)
- Laminectomia lombar (retirada de hérnia de disco)
- Artrodese Minimamente Invasiva (fusão de 2 vértebras)
- Artrodese com parafuso percutâneo (fixação de 2 vértebras
- Vertebroplastia e Cifoplastia (tratamento de fratura vertebral)
- Terapia de dor por Radiofrequência/ denervação facetaria
De acordo com Moraes, no caso de hérnias de disco, doença mais normalmente tratada com cirurgia de coluna, 90% dos casos melhoram após o tratamento clínico, sendo que, apenas 10% exigem intervenção cirúrgica, que é realizada apenas em caso extremo, depois de muita avaliação e a partir de um diagnóstico preciso.
Por isso, para decidir qual o melhor tratamento para os diferentes problemas e se a cirurgia na coluna é recomendada, é sempre fundamental ouvir a opinião de um médico especializado na área. Somente esse profissional poderá apontar o melhor caminho ao paciente após uma série apurada de exames.