Como é feita uma cirurgia de descompressão da medula espinhal

2 de junho de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria

A compressão da medula espinhal, por sua vez, é uma condição grave que pode comprometer não apenas as funções motoras, mas também as funções sensoriais e, em alguns casos, até as funções autonômicas do corpo. Diante desse cenário, quando o tratamento clínico convencional não apresenta os resultados esperados ou, ainda, quando há risco iminente de agravamento neurológico, a cirurgia de descompressão passa a ser, portanto, o procedimento mais indicado.

Neste artigo, você vai compreender em que situações essa cirurgia se faz necessária, de que maneira ela é realizada e, além disso, entender por que o acompanhamento com um neurocirurgião especializado em coluna é fundamental para garantir a segurança do paciente e otimizar os resultados funcionais no pós-operatório.

O que é compressão medular?

A medula espinhal é uma estrutura vital, localizada no interior da coluna vertebral, cuja principal função é transmitir informações entre o cérebro e o restante do corpo. No entanto, quando algum fator  como um disco herniado, um tumor, uma fratura ou, ainda, um quadro de estenose do canal vertebral  exerce pressão sobre essa estrutura, ocorre, consequentemente, a chamada compressão medular.

Os sintomas variam conforme o local da lesão, mas geralmente incluem:

• Dor intensa e persistente
• Dormência e formigamento nos membros
• Perda de força muscular
• Dificuldade de marcha
• Incontinência urinária ou fecal (em casos mais graves)

Quando a cirurgia de descompressão é necessária?

A cirurgia é indicada quando há:

• Sinais neurológicos progressivos
• Falha do tratamento conservador
• Compressão significativa visível em exames de imagem
• Risco de danos irreversíveis à medula espinhal

A avaliação precoce com neurocirurgião especialista é decisiva para evitar sequelas.

Como a cirurgia de descompressão é realizada?

O procedimento cirúrgico tem como principal objetivo remover a causa da compressão, a fim de liberar espaço adequado para a medula espinhal e as raízes nervosas. A depender da origem e da localização do problema, o neurocirurgião pode adotar diferentes técnicas cirúrgicas, cada uma com indicações específicas. Entre elas, destacam-se:

• Laminectomia: consiste na remoção parcial ou total da lâmina vertebral, criando espaço no canal medular e aliviando a pressão sobre a medula.

• Discectomia: indicada quando há hérnia de disco, envolve a retirada da porção do disco que está comprimindo a estrutura nervosa.

• Foraminotomia: ampliação dos forames intervertebrais — orifícios por onde os nervos saem da coluna —, com o objetivo de descomprimir as raízes nervosas.

• Remoção de tumores ou abscessos: necessária quando a compressão é causada por formações expansivas, infecciosas ou neoplásicas.

• Fusão vertebral: em casos que exigem estabilização após a descompressão, realiza-se a fusão de segmentos vertebrais para preservar a estrutura e prevenir instabilidade.

Além disso, a cirurgia pode ser realizada tanto por via convencional quanto por técnica minimamente invasiva, dependendo das características clínicas do paciente, da extensão da compressão e da experiência da equipe cirúrgica.

Pós-operatório e recuperação

A recuperação varia conforme a gravidade da compressão e o tipo de cirurgia realizada. Em geral:

• O paciente é encorajado a se movimentar precocemente
• A dor costuma diminuir de forma progressiva
• A fisioterapia auxilia na reabilitação
• O acompanhamento pós-operatório é fundamental para avaliar os ganhos neurológicos

Acima de tudo, é fundamental destacar que, com um diagnóstico precoce aliado à escolha da técnica cirúrgica mais adequada, muitos pacientes conseguem não apenas recuperar funções motoras e neurológicas anteriormente comprometidas, como também retomar suas atividades cotidianas com autonomia e qualidade de vida significativamente restaurada.

Conte com uma equipe experiente

Na Clínica Vertebrata, oferecemos atendimento especializado em neurocirurgia da coluna, com mais de 30 anos de experiência do Dr. Ailton Moraes em cirurgias complexas, incluindo descompressões medulares.

Atendemos pacientes de Porto Alegre, Canoas, Capão da Canoa e diversas cidades da região metropolitana, com estrutura adequada, diagnóstico de precisão e cuidado humanizado.

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Dr. Aílton Moraes

Médico neurocirurgião especialista em tratamentos da coluna vertebral, é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Academia Brasileira de Neurocirurgia e Sociedade Brasileira de Coluna, bem como da North American Spine Society e Spinal Artroplasty Society.