Artrose na coluna: quando o desgaste exige cirurgia
4 de junho de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria
A artrose da coluna é, de modo geral, uma condição comum, especialmente à medida que envelhecemos. Isso ocorre porque, com o passar do tempo, as articulações localizadas entre as vértebras sofrem desgaste progressivo tanto em decorrência do uso contínuo quanto do próprio processo natural de envelhecimento. Apesar de, na maioria dos casos, a artrose poder ser manejada com tratamentos conservadores, como fisioterapia e medicamentos, há situações em que, devido à progressão dos sintomas ou à perda funcional significativa, a intervenção cirúrgica se torna, portanto, necessária para interromper a piora do quadro clínico e preservar a integridade da coluna vertebral.
Neste artigo, vamos explorar o que é a artrose da coluna, como ela afeta os pacientes e quando a cirurgia deve ser considerada como uma opção de tratamento.
O que é a artrose da coluna?
A artrose da coluna, também chamada de espondiloartrose, é uma condição degenerativa das articulações da coluna vertebral, principalmente na região lombar e cervical. Ela ocorre quando a cartilagem que reveste as articulações entre as vértebras se desgasta, resultando em inflamação, dor e limitação de movimentos.
Além disso, com o passar do tempo e diante da continuidade do desgaste, há uma tendência ao surgimento de osteófitos popularmente conhecidos como bicos de papagaio nas articulações da coluna. Esses pequenos prolongamentos ósseos, por sua vez, podem causar compressão das raízes nervosas e, eventualmente, até da própria medula espinhal. Consequentemente, os sintomas se intensificam, incluindo aumento da dor, rigidez articular acentuada e manifestações neurológicas, como dormência ou formigamento nos membros.
Sintomas mais comuns da artrose da coluna
Os sinais da artrose podem variar, mas os mais comuns incluem:
- Dor nas costas ou no pescoço, que piora com o movimento ou após longos períodos em pé
- Rigidez e dificuldade para se mover
- Dor irradiada para as pernas (no caso da artrose lombar) ou para os braços (no caso da artrose cervical)
- Formigamento e dormência nas extremidades, devido à compressão nervosa
- Espasmos musculares devido à instabilidade da coluna
Quando esses sintomas são severos e não respondem a tratamentos conservadores, como fisioterapia e medicamentos, a cirurgia pode ser necessária.
Quando a cirurgia se torna necessária?
Embora muitos casos de artrose respondam bem a abordagens não invasivas como fisioterapia, uso de anti-inflamatórios e mudanças no estilo de vida, o neurocirurgião indica a cirurgia quando a doença atinge um estágio avançado. Nessas situações, o procedimento se torna a única opção realmente eficaz para aliviar os sintomas intensos e restaurar a funcionalidade da coluna.
A cirurgia da coluna é indicada quando:
Dor intensa e persistente, que compromete a qualidade de vida e limita as atividades diárias.
Ausência de resposta aos tratamentos conservadores, mesmo após um período de 6 a 12 meses de acompanhamento.
Evidência de compressão das raízes nervosas ou da medula espinhal, manifestada por fraqueza, dormência ou perda de controle dos movimentos.
Presença de instabilidade na coluna, com risco de complicações graves, como fraturas vertebrais e deformidades estruturais.
O objetivo da cirurgia é descomprimir as estruturas nervosas, restaurar a estabilidade da coluna e aliviar a dor.
Procedimentos cirúrgicos para artrose da coluna
Dependendo da gravidade da artrose e do nível de compressão nervosa identificado, o neurocirurgião poderá recomendar diferentes abordagens cirúrgicas. Entre as mais utilizadas, destacam-se:
Discectomia com fusão: nesse procedimento, realiza-se a remoção do disco intervertebral danificado, seguida da fusão das vértebras afetadas. Dessa forma, busca-se estabilizar o segmento da coluna comprometido.
Laminectomia: trata-se da remoção de parte da lâmina vertebral, com o objetivo de aliviar a pressão exercida sobre a medula espinhal ou sobre as raízes nervosas.
Foraminotomia: esse método consiste em ampliar os forames neurais — canais por onde os nervos emergem da coluna — permitindo, assim, a descompressão das raízes afetadas.
Artroplastia de disco: indicada em casos selecionados, essa técnica promove a substituição do disco intervertebral danificado por uma prótese artificial, o que permite preservar a mobilidade e a flexibilidade do segmento operado.
De modo geral, a escolha do procedimento mais adequado levará em consideração não apenas o grau de desgaste articular e a localização exata da artrose, mas também as condições clínicas gerais do paciente e o impacto funcional gerado pelos sintomas.
A importância de um diagnóstico especializado
A artrose da coluna pode ser confundida com outras condições, como hérnia de disco ou estenose espinhal. Por isso, é fundamental procurar um neurocirurgião especializado em coluna para realizar uma avaliação clínica completa, que pode incluir exames como:
- Ressonância magnética (RM): para visualizar o desgaste das articulações e a compressão das raízes nervosas ou medula espinhal
- Tomografia computadorizada (TC): útil para avaliar as alterações ósseas na coluna vertebral
- Raio-X: para verificar a presença de osteófitos (bicos de papagaio) e danos nas articulações da coluna
Na Clínica Vertebrata, oferecemos diagnóstico preciso e tratamento personalizado para pacientes com artrose da coluna, utilizando as técnicas mais avançadas e seguras.
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