Espondiloartrose anquilosante na coluna pode ser incapacitante
3 de agosto de 2017 | 2 comentários | Categoria(s): doenças da coluna, espondiloartrose
Saiba mais sobre as causas e sintomas da Espondiloartrose, doença degenerativa que afeta as articulações e ossos da coluna
Poucas doenças são tão graves a ponto de serem consideradas incapacitantes pela Lei. É o caso da espondiloartrose anquilosante, um dos tipos de artrose na coluna que faz com que as cartilagens das articulações e os discos do pescoço e da lombar entrem em colapso, gerando sintomas como dores intensas. Por limitar os movimentos de quem sofre da doença, ela está relacionada como incapacitante pela Lei 8.112/90. Embora não esteja claro que pacientes com doenças reumáticas possam sacar o FGTS, a Justiça tem observado o princípio da igualdade e decidido a favor de portadores de doenças como a espondiloartrose anquilosante. Também a Lei 7.713/1988 isenta do pagamento do Imposto de Renda os proventos de aposentadoria ou reforma motivada por várias doenças, entre elas, a espondiloartrose.
O que é a espondiloartrose
A espondiloartrose, também conhecida como artrose na coluna, é um mal degenerativo que afeta grande parte da população. Quando não tratada, pode incapacitar os movimentos do paciente, levando à perda da estrutura espinhal normal, limitando as funções motoras da coluna e dos braços. “Por se tratar de um processo de envelhecimento natural, a espondiloartrose pode afetar qualquer área da coluna, como a lombar, cervical, torácica ou sacral”, detalha o doutor Ailton Moraes, médico responsável pela Clínica Vertebrata, de Porto Alegre.
A raiz do problema: conheça as causas da espondiloartrose
Entre as principais causas da espondiloartrose anquilosante, estão a idade avançada, causada pela fragilidade que acomete os ossos com o passar do tempo, além de lesões ou pequenos traumas, obesidade e até heranças genéticas. Outros fatores que contribuem para a artrose na coluna são a deformação do disco intervertebral, o desgaste ósseo, esforços e movimentos repetitivos, as lesões desportivas, má postura e traumatismos.
As mulheres acima dos 45 anos são as principais atingidas pela doença e, abaixo dessa idade, os homens são mais afetados.
Espondiloartrose: sintomas e tipos
A espondiloartrose tem sintomas e sinais que variam de acordo com cada articulação afetada. De uma forma geral, os sintomas são comuns em todos os tipos da espondiloartrose, como:
- Dormência nas pernas ou braços
- Rigidez nos membros superiores e inferiores
- Inchaço nas articulações afetadas
- Dores no pescoço ou nas costas
- Fraqueza
- Dormência nas pernas ou braços
- Dores nas costas
- Zumbido nos ouvidos
- Dificuldade em movimentar o pescoço e os ombros
- Tontura ao virar a cabeça
Outro sintoma ‘invisível” está relacionado com a saúde mental do paciente, que pode se sentir incapacitado ou até deprimido pelas limitações rotineiras causadas pela doença.
Tipos de espondiloartrose
Os tipos mais comuns de espondiloartrose são identificados nas seguintes áreas das costas:
Espondiloartrose na coluna lombar
Por suportar todo o peso corporal e apresentar ampla mobilidade, a coluna lombar é a mais afetada pela doença, que atinge principalmente a faixa etária acima dos 40 anos. Os principais sintomas são as dores nas costas e rigidez matinal, que podem ser causadas por fatores diversos, como o sedentarismo e a pressão entre as vértebras lombares. A dor ciática nos membros inferiores também pode se manifestar nos casos de espondiloartrose na coluna lombar.
Espondiloartrose na coluna torácica
Por se tratar de uma área do corpo com abrangência leve dos movimentos articulares, a coluna torácica é raramente acometida pela artrose. Quando afetada pela espondiloartrose, esse local não apresenta muitos sintomas devido à sua estabilidade intrínseca, porém os sinais mais corriqueiros são as irradiações ocasionais nas costelas e dores locais na coluna torácica.
Espondiloartrose na coluna cervical
Por ser movimentada com frequência, a coluna cervical é uma forte candidata à artrose e degeneração, e essa condição se agrava ainda mais com a má postura corporal. Os sintomas da espondiloartrose na coluna cervical são diversos e podem variar, mas os mais comuns são dores no pescoço, torcicolos, e dor irradiando para as mãos, ombros, pulsos e escápulas. Não são raros os casos com dores ou dificuldades para engolir, além de alterações sensitivas como formigamentos e cãibras, derivados dos “bicos de papagaio”, que comprimem a raiz nervosa da coluna.
Diagnóstico e tratamento para a espondiloartrose
Após o diagnóstico da doença, o tratamento pode incluir o uso de remédios anti-inflamatórios orais, injetáveis nas articulações ou em creme, conforme as indicações do médico. “Outro aliado contra a dor na coluna causada pela artrose é a fisioterapia, que assegura eficácia no combate aos sintomas e melhoria de vida do paciente”, acrescenta Moraes.
Por se tratar de uma doença progressiva e degenerativa, os medicamentos funcionam apenas para o alívio das dores, mas a fisioterapia é essencial, com exercícios para a melhora da postura, aparelhos que ajudam a eliminar o desconforto e alongamentos, que beneficiam os movimentos.
A osteopatia e acupuntura também são benéficas contra a espondiloartrose, mas o ideal é que esses tratamentos sejam realizados em conjunto e de forma complementar.
A maioria dos casos de espondiloartrose pode ser tratada com cuidados conservadores. Já nos casos em que as dores são incapacitantes ou não regridem com esses tratamentos, a solução pode ser a cirurgia na coluna.
Saiba mais sobre espondiloartrose anquilosante na coluna lombar, cervical, dorsal e torácica em nosso blog.
2 Comentários
Estou sofrendo com espondiloartrose começou a pouco tempo nas partidas de futebol aos poucos foram aumentando fui ao medico e ele me receitou fortalecimento e fisioterapia e perder peso afinal estou 10 quilos acima do meu peso e isso pode estar influenciando nas dores
Ótimo artigo me ajudou muito
Obrigado
tenho espondiloartrose cervical e nos ultimos dois anos estou sentindo muitas dores, mesmo fazendo Pilates, alongamentos, utilizando medicamentos antidepressivos e miorelaxantes, é muita dor no pescoço, cabeça, ouvidos, fora quando nao comprime os nervos e sinto formigamento, parestesia que atinge ate o olho, labios. queria muito me livrar de tudo isso, pode voltar a correr, fazer minhas atividades fisicas de forma intensa e plena, sonho com o dia que nao vou ter nem um tipo de dor.