Artrose da coluna: prevenir para não remediar!

5 de julho de 2024 | sem comentário | Categoria(s): artrose, cirurgia da coluna

Aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofrem de artrose, incluindo artrose na coluna, um número que tende a aumentar com o crescimento da obesidade, do sedentarismo e do envelhecimento da população.

A artrose, também conhecida como osteoartrite, inflama e degrada a cartilagem das articulações, resultando em dor e limitação de movimentos.

As causas da artrose podem ser diversas. Originando-se de um processo inflamatório, que surge devido ao desgaste da cartilagem que reveste as estruturas ósseas, o problema pode estar relacionado ao excesso de peso, doenças reumatológicas, predisposição genética e envelhecimento.

 

Sintomas:

Sintomas característicos da artrose incluem dores na coluna lombar, torácica e cervical, que podem se irradiar para os membros inferiores devido à compressão das raízes nervosas. Além disso, é comum sentir rigidez nos membros, especialmente durante períodos de inatividade.

No entanto, a artrose pode progredir silenciosamente por um longo período, dificultando sua detecção precoce – um aspecto crucial para o sucesso do tratamento.

O diagnóstico da artrose baseia-se na história relatada pelo paciente ao médico, no exame clínico e em análises complementares, como exames de sangue, ressonância magnética, radiografias ou tomografias.

Na maioria dos casos de artrose na coluna, é tratada clinicamente, com o uso de medicamentos para aliviar a dor. Além disso, terapias físicas, como fisioterapia e acupuntura, podem ser úteis.

No entanto, casos que não respondem adequadamente a essas terapias podem necessitar de intervenções cirúrgicas. As cirurgias, muitas vezes minimamente invasivas, podem proporcionar um alívio significativo da dor.

A prática regular de exercícios desempenha um papel fundamental na prevenção da artrose e na contenção de sua progressão. Realizar atividades físicas de baixo impacto, como caminhadas, alongamentos, RPG e pilates, fortalece e melhora a mobilidade da coluna.

No entanto, você deve consultar um médico especialista em coluna ao perceber crises dolorosas persistentes. Além disso, evite tratar esses sintomas com automedicação, pois a orientação profissional é essencial para um tratamento adequado. Além de perigoso, o hábito de automedicar-se pode mascarar os sintomas, atrasando um diagnóstico preciso e um tratamento adequado.

Médico neurocirurgião especialista em tratamentos da coluna vertebral, é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Academia Brasileira de Neurocirurgia e Sociedade Brasileira de Coluna, bem como da North American Spine Society e Spinal Artroplasty Society.


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