Série: Dor na Coluna — O Que Você Precisa Saber Antes de Desistir Episódio 12 – “Não tem que doer pra sempre.”
24 de novembro de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Artigos
Introdução: quando o tempo da dor parece infinito
Quem sente dor crônica conhece bem essa sensação:
Você começa achando que é algo passageiro.
Toma um remédio, tenta repousar, muda o colchão.
Mas o tempo passa…
E a dor permanece.
Alguns dias são piores, outros dão um alívio — mas o padrão é sempre o mesmo:
a dor não vai embora.
E então surge o medo:
“E se isso nunca passar?”
“E se for assim pra sempre?”
Essa dúvida vira angústia.
E aos poucos, o paciente deixa de buscar ajuda —
porque acha que não existe mais o que fazer.
Mas hoje, queremos afirmar com clareza:
Não tem que doer pra sempre.
A dor não é um destino — é um sinal
Existe uma ideia muito difundida (e muito errada) de que a dor crônica na coluna é um “carma”:
- “É da idade.”
• “É do tipo de trabalho que eu tenho.”
• “Meu pai tinha igual…”
• “A medicina não pode fazer mais nada.”
• “Melhor se acostumar.”
Essas frases são perigosas porque transformam um sintoma tratável em condenação vitalícia.
Mas a dor não é um castigo.
É um alarme.
E alarmes existem para serem escutados — e desligados na origem.
Por que a dor persiste tanto tempo em alguns casos?
A persistência da dor pode ocorrer por vários fatores combinados:
1. Causa não tratada corretamente
– Como hérnias não descomprimidas, instabilidade vertebral, ou artropatias negligenciadas
⏳ 2. Tratamentos paliativos, sem foco na origem
– Apenas medicações e repouso, sem diagnóstico ou correção biomecânica
3. Neuroplasticidade negativa
– O cérebro “aprende a sentir dor”, mesmo quando a lesão original diminui
4. Ciclo dor-desuso-dor
– A dor faz o paciente parar de se movimentar → o corpo enfraquece → a dor aumenta
5. Desvalorização clínica ao longo dos anos
– Pacientes escutam: “você tem que conviver”, e param de buscar soluções
O resultado é o mais cruel de todos:
o paciente começa a acreditar que nada mais pode ser feito.
Mas existe, sim, o que fazer — e o alívio é possível
A boa notícia é que a medicina da coluna evoluiu muito.
Na Clínica Vertebrata, tratamos pacientes com dor crônica há anos, que conseguiram:
- Dormir melhor
• Voltar a caminhar
• Diminuir (ou zerar) o uso de remédios
• Recuperar prazer por atividades simples
• Retomar o trabalho e o convívio social
Tudo isso com tratamentos individualizados, que respeitam a fase da dor, a estrutura envolvida e o momento do paciente.
Opções que temos para dores crônicas resistentes
Avaliação integral do histórico e reinterpretação dos exames
– Exames antigos ganham nova leitura à luz do quadro atual
– Muitas vezes, o que foi ignorado antes se torna claro com escuta dirigida
Bloqueios terapêuticos guiados por imagem
– Injeções com anestésico e anti-inflamatório diretamente na raiz do problema
– Alívio que pode durar semanas ou meses — com função diagnóstica
Denervação facetária por radiofrequência
– Ideal para dor crônica de articulações da coluna
– Procedimento minimamente invasivo, ambulatorial
Neuromodulação medicamentosa
– Uso de medicações específicas para dor de origem nervosa (e não só inflamatória)
Endoscopia de coluna
– Quando há compressão nervosa persistente e anatômica
– Cirurgia com câmera de 7mm, sem cortes grandes, alta no mesmo dia
O fator tempo: quanto antes, melhor — mas nunca é tarde
Quanto mais cedo o paciente procura ajuda especializada, mais simples tende a ser o tratamento.
Mas mesmo após anos de dor, há o que fazer.
Já tratamos pacientes com mais de 15 anos de dor crônica, que finalmente conseguiram alívio real.
O segredo está em não desistir.
E não aceitar a dor como “parte da vida”.
Conclusão: a dor quer ser ouvida. Não precisa ser eterna.
A dor na coluna pode persistir por meses.
Mas não precisa persistir por anos.
E definitivamente, não precisa persistir para sempre.
✅ O alívio é possível.
✅ A ciência existe.
✅ A técnica evoluiu.
✅ E o corpo responde — quando tratado com precisão.
Se você sente dor todos os dias, não aceite a resignação como resposta.
Não tem que doer pra sempre.
Tem que tratar do jeito certo — com quem sabe escutar, investigar e resolver.



