Episódio 3 – “Conviver com a dor não é normal.” Série: Dor na Coluna — O Que Você Precisa Saber Antes de Desistir

12 de agosto de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria

Episódio 3 – “Conviver com a dor não é normal.”

Série: Dor na Coluna — O Que Você Precisa Saber Antes de Desistir

 

Quando o anormal se torna hábito

Existe uma armadilha silenciosa que afeta milhões de pessoas todos os dias.
Ela não aparece de repente, não causa choque nem pânico imediato.
Pelo contrário: ela se instala devagar, discretamente, e quando menos se espera, se torna “normal”.

Essa armadilha tem nome: conviver com a dor.

“Ah, já me acostumei…”
“É a idade, né?”
“Melhor sentir isso do que encarar uma cirurgia…”
“Tem dia que nem incomoda tanto.”
“Já virou parte da minha vida.”

Essas frases, ouvidas diariamente em consultório, revelam o poder da dor crônica em modificar a percepção da realidade.

O que deveria ser inaceitável passa a ser tolerado.
E o pior: muitas vezes, até defendido como inevitável.

Mas hoje vamos afirmar com todas as letras:

Conviver com a dor não é normal.

 

A diferença entre comum e normal

Vamos esclarecer isso desde já:

  • Comum: aquilo que acontece com frequência, que é estatisticamente recorrente.
  • Normal: aquilo que está dentro do funcionamento esperado e saudável do corpo.

A dor nas costas é, sim, comum.
Estima-se que até 80% da população mundial terá ao menos um episódio de dor lombar ao longo da vida.

Mas isso não a torna normal.

A dor é um sinal de alerta do sistema nervoso.
Ela existe para informar que algo está errado.
E como qualquer alerta persistente, ela exige ação.

 

Quando a dor se instala como rotina

Muitas pessoas descrevem um padrão parecido:

  1. Uma dor leve nas costas, que começou após esforço físico ou má postura
  2. Um alívio parcial com analgésicos ou repouso
  3. Uma volta gradual da dor, um pouco pior, em situações similares
  4. Um ciclo repetido, até que a dor se torna companheira de todos os dias

A isso chamamos de cronificação da dor — quando o corpo e o cérebro começam a tratar a dor como algo habitual.

Mas isso tem um preço alto:

  • Redução da qualidade de vida
  • Limitações funcionais e emocionais
  • Impacto no sono, no humor e na disposição
  • Comprometimento das relações sociais e profissionais

Conviver com dor, com o tempo, altera o seu jeito de viver.

 

Por que tantos se resignam à dor?

Há vários motivos pelos quais pacientes se acostumam a viver com dor:

  • Experiências frustradas com profissionais ou tratamentos

“Já fui em três médicos e não adiantou nada.”

  • Falta de diagnóstico claro

“Fiz exame e não deu nada.”

  • Medo de cirurgia

“Prefiro sentir dor do que correr risco numa operação.”

  • Falta de tempo ou recursos

“Não tenho como parar para me cuidar agora.”

  • Pressão social e desinformação

“Todo mundo sente dor nas costas. É assim mesmo.”

Mas essa resignação tem consequências.
A dor crônica pode levar a processos irreversíveis de degeneração.

Quanto mais cedo o diagnóstico correto for feito, mais simples e eficaz pode ser o tratamento.

 

A dor como forma de prisão invisível

Imagine:

  • Tentar dormir, mas sua perna formiga
  • Tentar caminhar, mas sua lombar trava
  • Tentar abraçar alguém, mas o ombro irradia dor pela cervical

Agora imagine isso por meses. Ou anos.

Essa dor não é imaginária.
Não é “coisa da idade”.
É um sinal de que algo na coluna está pressionando, inflamando ou falhando.

E quando isso acontece com constância, a dor rouba pedaços da vida.
Tira o prazer de se movimentar. Tira o brilho da autonomia.

 

Diagnóstico e escuta: o começo da virada

Muitos pacientes que chegam à Clínica Vertebrata já estão desiludidos.
Foram chamados de “ansiosos”, “preguiçosos”, “hipocondríacos”.

Foram submetidos a tratamentos repetitivos, genéricos, sem resultados consistentes.

Mas ao serem ouvidos com atenção e avaliados com profundidade, algo muda.

Porque aqui, a dor é tratada como:

  • Um dado clínico, não um capricho
  • Um sinal que precisa ser interpretado, não desqualificado
  • Um problema com solução, não com sentença

Essa escuta qualificada é aliada da imagem:
ressonância magnética, tomografia, raio-x panorâmico, testes funcionais —
mas tudo interpretado à luz da história do paciente.

 

Tratamentos modernos e menos invasivos: sim, eles existem

Nem toda dor na coluna exige cirurgia —
mas quando exige, não precisa mais ser como antigamente.

Na Clínica Vertebrata, usamos procedimentos como:

✅ Endoscopia de coluna

  • Microcâmera de 7mm acessa a coluna com precisão milimétrica
  • Hérnias são retiradas, nervos descomprimidos
  • Sem cortes grandes, com alta no mesmo dia

✅ Bloqueios facetários e radiculares

  • Injeções guiadas por imagem que aliviam e diagnosticam ao mesmo tempo

✅ Denervações

  • Lesão seletiva de ramos sensitivos para dores crônicas das articulações da coluna

✅ Condutas conservadoras individualizadas

  • Baseadas em exames, funcionalidade, idade e estilo de vida

A escolha do tratamento é sempre construída junto ao paciente.
Nosso objetivo não é operar — é aliviar a dor com o menor impacto e o maior resultado possível.

 

“Mas e se eu não quiser operar de jeito nenhum?”

A recusa à cirurgia é respeitável — e compreensível.

Por isso, antes de qualquer decisão, trabalhamos com clareza e educação.

Mostramos ao paciente:

  • O que está acontecendo na sua coluna
  • Quais estruturas estão envolvidas
  • Quais são as opções reais, com prós e contras
  • O que esperar de cada escolha

Porque o paciente que entende, participa do próprio tratamento.
E isso muda tudo.

 

Você não precisa conviver com a dor.

Você precisa entender o que ela está dizendo.

A dor é uma linguagem.
Ela pode ser intensa, sutil, persistente, enigmática.
Mas nunca é um castigo.
É um pedido de socorro do seu corpo.

Conviver com a dor não é sinal de força.
É sinal de que você ainda não encontrou quem saiba decifrá-la.

Na Clínica Vertebrata, acolhemos cada paciente com escuta, ciência e respeito.

E mostramos que sim, existe outro jeito de viver:
Sem dor como companhia constante. Sem resignação disfarçada de normalidade.

Você não nasceu para suportar.
Nasceu para caminhar, abraçar, dançar, sorrir, viver.

E tudo isso começa quando você decide que conviver com a dor… não é mais uma opção.

 


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