Cirurgia endoscópica da coluna: para que serve e suas vantagens

16 de fevereiro de 2024 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria

Chamadas de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, a cirurgia endoscópica da coluna está transformando a abordagem médica. Atualmente, não é mais imperativo realizar cortes extensos para “abrir” a coluna do paciente e tratar o problema. Assim, solucionar questões se pode alcançar através de pequenas incisões, utilizando uma câmera para orientar o procedimento.

Na cirurgia endoscópica da coluna, realiza-se uma incisão mínima, de aproximadamente um centímetro de comprimento, sem causar danos às estruturas adjacentes. Assim, ao adentrar o disco, é possível realizar observações detalhadas por meio de um endoscópio. Analisa-se minuciosamente a relação entre o disco e o nervo, e remove-se a hérnia, restabelecendo a liberdade da raiz nervosa.

Além disso, a constante evolução tecnológica dos instrumentos e os avanços nas técnicas cirúrgicas por vídeo proporcionam ao cirurgião de coluna a capacidade de acessar, visualizar e tratar patologias da coluna que anteriormente só abordavam por meio de cirurgias tradicionais mais invasivas.

Indica-se este procedimento para doenças degenerativas que envolvem compressões neurais, como a hérnia de disco, por exemplo. Além disso, a técnica também oferece a possibilidade de tratar outras condições, como estenoses vertebrais e dos forames neurais, caracterizadas pelo estreitamento dos canais neurais da coluna vertebral.

Se deseja saber mais sobre endoscopia da coluna, continue lendo e esclareça todas as suas dúvidas!

cirurgia endoscópica

 

Para o que serve?

A cirurgia endoscópica representa um avanço significativo na medicina e é uma verdadeira revolução tecnológica em relação à cirurgia tradicional.

Embora tenha aplicações em diversas especialidades e funções, sua principal indicação recai sobre casos de problemas na coluna, visando tratar uma variedade de doenças e lesões associadas.

Comparativamente às cirurgias abertas, a endoscopia apresenta vantagens notáveis. No entanto, é importante destacar que essa técnica não é apropriada para todos os casos.

Compreendendo essa distinção, abordaremos a seguir os cenários específicos nos quais recomenda-se essa abordagem.

 

Como é realizada a cirurgia endoscópica da coluna?

Utiliza-se na cirurgia um endoscópio equipado com uma câmera (vídeo-cirurgia) para guiar o procedimento. Dessa forma, esse método resulta em incisões mínimas, aproximadamente 8 mm de diâmetro, e um tempo cirúrgico reduzido em comparação com as abordagens tradicionais.

A presença da câmera possibilita ao médico uma visualização mais precisa dos detalhes da região da coluna. Assim, o procedimento geralmente é conduzido com anestesia local, combinada com sedação ou anestesia geral, permitindo que o paciente receba alta no mesmo dia.

 

cirurgia endoscópica

 

 

Quais são os problemas de coluna tratados com a endoscopia de coluna?

O progresso das técnicas endoscópicas possibilitou sua aplicação em quase todas as áreas da cirurgia da coluna vertebral. Dessa forma, realiza-se frequentemente a endoscopia de coluna para tratar diversas condições, incluindo:

– Hérnia de disco lombar

– Hérnia de disco cervical

– Estenose cervical

– Estenose lombar

– Coccidínia

– Espondilodiscite

– Tumores da coluna vertebral

Essa abrangência destaca a versatilidade e eficácia dessa abordagem avançada na resolução de uma variedade de problemas na coluna.

 

Quais são os benefícios?

Minimiza-se a incisão, limitando-se a até 1 cm, resultando em cicatrizes praticamente imperceptíveis.

A cirurgia provoca traumas e lesões reduzidos, acompanhados de um sangramento minimizado.

As probabilidades de lesões em estruturas neurológicas e vasos sanguíneos são drasticamente reduzidas, contribuindo para uma perda de sangue mínima.

O risco de infecção é consideravelmente baixo.

O período de recuperação pós-operatória é significativamente menor. A cicatrização ocorre em um intervalo de 7 a 10 dias, e retomam-se atividades mais exigentes geralmente após 7 semanas da cirurgia.

A abordagem endoscópica evita danos aos ligamentos e à musculatura, comuns em cirurgias abertas que demandam cortes para acessar áreas específicas da coluna.

 

Recuperação e reabilitação

Após a conclusão da cirurgia endoscópica da coluna, libera-se os pacientes em aproximadamente 3 a 4 horas, e os incentiva a caminhar e movimentar o tronco imediatamente. Recomenda-se evitar esforço físico intenso e o levantamento de objetos pesados por cerca de uma semana. Após esse período, a reabilitação inicia com exercícios de fisioterapia, sem a necessidade de coletes.

O retorno ao trabalho pode ocorrer entre o segundo e o décimo dia após o procedimento, dependendo do tipo de atividade profissional do paciente. Para os adeptos de atividades físicas, a recuperação tende a ser mais rápida, muitos retomando os exercícios na academia em menos de 30 dias. Já para os menos ativos, as atividades na academia podem ser reintroduzidas gradual e progressivamente após a fisioterapia.

A endoscopia da coluna representa um notável avanço no tratamento de condições relacionadas à coluna vertebral. Com sua abordagem minimamente invasiva, recuperação ágil e eficácia comprovada, ela emerge como uma alternativa altamente atrativa para aqueles que lidam com a dor nas costas. Se você está lidando com problemas na coluna, recomendamos que considere agendar uma consulta na Clínica Vertebrata. Desde 2012, já ajudamos mais de 1000 casos relacionados a cirurgia endoscópica da coluna. Na Vertebrata, buscamos abordagens inovadoras de tratamento para oferecer o melhor cuidado possível.

Em suma, é crucial lembrar que cada situação é única, e se faz a escolha do tratamento apropriado em colaboração com um médico qualificado. A endoscopia da coluna oferece uma promissora perspectiva de uma vida livre de dor e restrições, tornando o caminho em direção a uma coluna saudável mais acessível do que nunca.

Médico neurocirurgião especialista em tratamentos da coluna vertebral, é membro titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Academia Brasileira de Neurocirurgia e Sociedade Brasileira de Coluna, bem como da North American Spine Society e Spinal Artroplasty Society.


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