Estresse pode ser uma das causas da cervicalgia
11 de dezembro de 2019 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria
O final do ano e suas festas estão se aproximando. Para muitos, a época é sinônimo de alegria. Já para outros, é um período em que o estresse aumenta. Em geral, aumentam as tarefas profissionais e é comum nos pressionarmos para atingir nossos objetivos e metas até o dia 31 de dezembro.
Para lidar com esse cenário, recomenda-se priorizar, ordenar e, acima de tudo, manter a tranqüilidade, pois assim é possível evitar que a fadiga se torne crônica.
Porém, as reuniões, exames finais, encerramento do ano letivo, planejamento de todos os tipos, a correria para as compras de Natal, trânsito e muitas situações que alteram a paisagem em dezembro acabam afetando nosso humor. Com isso, ficamos a um passo do estresse. A partir daí podem surgir problemas físicos. E um dos mais comuns é a dor de pescoço, também conhecida como cervicalgia.
Tirando causas mais graves, como traumas, tumor, uma fratura que pressiona a medula, uma infecção ou uma obstrução cardiovascular, a maioria dos casos de cervicalgia não são muito sérios. Na verdade, o estresse pode ser o grande vilão dos desconfortos e tensões musculares em nossas rotinas do dia dia.
Durante muito tempo, pensou-se que o estresse era apenas uma condição psicológica, fruto de nossa mente. Mas agora entende-se que suas consequências não se limitam apenas ao nível emocional, mas também têm um impacto no nível físico. Portanto, não é incomum que, após uma semana difícil de trabalho, ou mesmo na loucura de final de ano, acabamos sofrendo algum tipo de tensão muscular, o que pode piorar se não aprendermos a relaxar.
A dor no pescoço não deve ser associada somente à um problema postural, como muitas pessoas pensam. Obviamente, pode ser a consequência de movimentos repetitivos ou de má posições, como quando estamos frente ao computador, ou um dia em que dirigimos demais. Mas episódios de tensão psicológica podem ser a origem da cervicalgia.
O estresse é um grande fator de risco. Essa condição causa rigidez muscular, e essa tensão acaba se concentrando principalmente na região dos ombros e pescoço. Nosso corpo experimenta uma emoção de forma quase instantânea. São apenas alguns segundos para sentir os impactos de uma sensação negativa em nosso físico.
Quando estamos estressados, apertamos automaticamente os músculos da mandíbula, bem como aqueles que rodeiam os olhos e a boca. O mesmo ocorre com os músculos do pescoço e das costas. Esses músculos se tensionam, preparando o corpo para reagir numa situação de “risco”, e também relaxar quando a situação estressante desaparece.
É um reflexo que serve para proteção. Não se trata de algo prejudicial. A não ser em casos quando o estresse torna-se algo crônico. Se isso ocorre, os músculos nunca relaxam, permanecendo em um estado de tensão constante.
A tensão muscular do estresse tem sido associada a dores de cabeça emocionais ou tensionais, embora também cause dores musculares crônicas, contraturas e até espasmos musculares.
Além disso, devemos observar que quando estamos felizes, nosso olhar provavelmente está para frente, esperançoso. Mas do contrário, os problemas acabam “pesando”, e essa carga geralmente faz com que “abaixamos” os olhos e tensionamos os ombros.
Dicas contra dores no pescoço
Pensando que a cervicalgia pode ser gerada a partir do estresse, entre muitas outras causas, trouxemos alguns conselhos que podem ser muito úteis para colocar em prática no dia a dia. Eles serão uma ótima ferramenta para combater a tensão e dores musculares nas costas e pescoço.
Alívio do estresse – A primeira coisa, acompanhando a linha de raciocínio deste artigo, é tratar do estresse. É possível acabar com a tensão que agrava a dor no pescoço simplesmente relaxando. Para isso, é possível adotar práticas de respiração profunda, meditação, ou quaisquer outras técnicas de relaxamento.
Fazer intervalos – Apesar de sabermos que sustentar uma má posição por muito tempo pode gerar a cervicalgia, continuamos a cometer o mesmo erro. É preciso ter em mente que quando ficarmos muito tempo em uma atividade que propicie uma postura inadequada, precisaremos fazer algumas pausas. O melhor é aproveitar este momento para alongar, respirar corretamente, tomar um pouco de água e voltar a uma postura correta.
Exercícios e alongamentos – Normalmente prescritas por um profissional fisioterapeuta, estas atividades podem incluir rotação circular das omoplatas, extensão, flexão e rotação dos cervicais, alongamento dos músculos peitorais, fortalecimento dos músculos do ombro, além de alguns exercícios isométricos.
Os exercícios e alongamentos ajudam a reduzir a dor, restaurando a função muscular, otimizando a postura para evitar sobrecarga e aumentando a força e a resistência dos músculos do pescoço.
Fique de olho na ergonomia do local de trabalho – Ajuste as condições ergonômicas no ambiente laboral. Isso inclui o posicionamento adequado de uma mesa, cadeira, computador e telefone para que a tela fique ao nível dos olhos, os joelhos estejam levemente mais baixos que os quadris, os braços descansem confortavelmente nos apoios da cadeira e o pescoço fique em uma posição relaxada e neutra ao falar pelo telefone.
Boa posição na hora do sono – A dor no pescoço pode ser causada por uma má posição enquanto dormimos. Então planejar uma posição para dormir pode impedir acordar com um pescoço dolorido. Evite dormir de barriga para baixo, e procure usar um travesseiro que suporte a curva natural do pescoço.
Massagens – Quando os músculos relaxam, a dor desaparece. A massagem estimula a circulação e elimina o estresse. Porém, é importante que as sessões sejam realizadas por um profissional capacitado e que aconteçam pelo menos uma vez por semana.
Felizmente, há uma longa lista de técnicas de massagens terapêuticas que podem ajudar a liberar os músculos do pescoço, ativar a circulação sanguínea e aumentar a amplitude de movimento.
É importante buscar ajuda médica imediatamente se a dor no pescoço não for aliviada em 3 dias, se for muito intensa ou se houverem outros sintomas como febre, vômito ou tontura. Esses podem ser sinais de doenças mais graves que precisarão de diagnóstico e tratamento adequado.