Protrusão discal tem cura?
17 de fevereiro de 2025 | sem comentário | Categoria(s): doenças da coluna
A protrusão discal ocorre quando o disco intervertebral se desloca, sendo considerada um tipo de hérnia de disco. Esse deslocamento pode causar uma variedade de sintomas, dependendo da intensidade e da localização da protrusão.
O que é a Protrusão Discal?
A protrusão significa deslocamento, e no contexto da coluna vertebral, refere-se ao movimento de um disco cartilaginoso fora de sua posição habitual. Esse deslocamento, por consequência, pode comprimir estruturas adjacentes, especialmente as raízes nervosas, o que resulta em sintomas dolorosos e desconfortáveis.
Anatomia do disco Intervertebral
Os discos intervertebrais são formados por uma camada externa de ânulo fibroso e uma parte interna chamada núcleo pulposo. Eles atuam como amortecedores, garantindo a flexibilidade e absorção de impactos na coluna vertebral. Com o tempo, os discos podem sofrer desgaste, desidratação e deformação, o que pode levar a abaulamentos ou até mesmo rupturas, causando a hérnia de disco.
Por que os discos envelhecem?
O envelhecimento dos discos é influenciado por fatores genéticos e comportamentais, como hábitos de vida, atividades físicas, peso corporal e o uso de tabaco. À medida que envelhecemos, é comum que os discos se desgastem e percam a capacidade de suportar os impactos, levando à degeneração discal.
Após os 50 anos, cerca de 90% das pessoas assintomáticas apresentam algum grau de degeneração discal, identificável em exames de ressonância magnética.
Fases da degeneração discal
A degeneração discal ocorre em três estágios principais:
- Disfunção: Fase inicial com inflamação, que pode causar dor local. Comumente observada entre 20 a 40 anos.
- Instabilidade: Alterações nas fibras do disco e nas articulações da coluna, resultando em movimentos desorganizados. Frequentemente ocorre entre 40 a 60 anos.
- Estabilidade: Fase final com formação de osteófitos (bicos de papagaio) e redução do movimento entre as vértebras, comum após os 60 anos.
Diagnóstico da protrusão discal
Os médicos diagnosticam a protrusão discal por meio de avaliação clínica e exames de imagem. O médico especialista pode reproduzir os sintomas de compressão nervosa por meio de testes clínicos, como a manobra de elevação do membro inferior (para compressão lombar) e o teste de Spurling (para compressão cervical).
Exames de imagem, como a ressonância magnética, são essenciais para confirmar o diagnóstico de hérnia de disco. Se houver contraindicação para a ressonância, pode-se recorrer à tomografia computadorizada.
Protrusão Discal vs. Extrusão Discal
Embora ambas sejam consideradas hérnias de disco, a principal diferença entre protrusão e extrusão está na quantidade de cartilagem deslocada. Na protrusão, o ânulo fibroso (parte externa do disco) permanece intacto ou com lesão mínima. Já na extrusão, o ânulo se rompe e uma quantidade maior de cartilagem é expulsa. As hérnias extrusas tendem a ser maiores e mais sintomáticas, mas a localização da hérnia também desempenha um papel crucial na intensidade dos sintomas.
Classificação das hérnias de disco
As hérnias de disco são classificadas conforme a quantidade de cartilagem deslocada:
- Abaulamento Discal: Deformação mínima do disco.
- Protrusão Discal: Deformação maior, mas com ânulo fibroso intacto.
- Extrusão Discal: Ruptura do ânulo fibroso e expulsão de fragmento central do disco.
- Sequestro: Semelhante à extrusão, mas com fragmento de disco livre.
Tratamento para protrusão discal
A maioria dos casos de protrusão discal não exige cirurgia. O tratamento é geralmente conservador, incluindo:
- Medicamentos: Analgésicos, anti-inflamatórios e, em alguns casos, medicamentos anticonvulsivantes como a gabapentina, ajudam no controle da dor.
- Fisioterapia: Importante para aliviar a dor e melhorar a estabilidade muscular. Técnicas específicas visam descompressão neural e fortalecimento.
- Infiltração na Coluna: Usada para alívio da dor ciática e para melhorar a reabilitação.
- Os médicos indicam a cirurgia apenas para casos mais graves, quando o tratamento clínico não funciona ou há perda de força neurológica.A cirurgia visa descomprimir a raiz nervosa afetada.
Conclusão
Embora a protrusão discal seja comum, os especialistas tratam a maioria dos casos com eficácia, sem necessidade de cirurgia. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.
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