Série: Dor na Coluna — O Que Você Precisa Saber Antes de Desistir Episódio 5 – “Dor na coluna não tem idade.”
21 de outubro de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Artigos
Ela aparece no adolescente que passa horas no computador.
No adulto que carrega o filho no colo.
No trabalhador que vive com peso nos ombros — físicos e emocionais.
E também no idoso que, mesmo com uma vida inteira de experiência, ainda acorda travado pela manhã.
A dor na coluna não escolhe idade.
Ela atinge:
- Quem se mexe — e quem não pode se mexer
- Quem tem 25 anos — e quem tem 75
- Quem corre maratonas — e quem corre atrás da vida
Mais do que uma frase de efeito, isso é uma realidade clínica.
Entender que a dor na coluna pode surgir em qualquer fase da vida é o primeiro passo para não ignorá-la, não normalizá-la — e, acima de tudo, tratá-la com seriedade.
Infância, juventude, vida adulta, maturidade: como a coluna reage em cada fase?
A coluna vertebral é uma estrutura viva. Ela cresce, compensa, envelhece — e suporta a história inteira do nosso corpo.
Mas em cada fase da vida, surgem padrões distintos de dor. Entenda:
Adolescência e juventude (15–30 anos)
- Posturas viciosas prolongadas (uso de celular, computador)
- Sobrepeso em fase de crescimento
- Atividades físicas intensas sem orientação
- Hérnias precoces (atletas, profissionais da saúde)
- Escolioses idiopáticas na puberdade
É comum ouvir: “Muito jovem pra ter problema na coluna.” — Isso é um erro.
Jovens também sofrem com:
- Hérnias de disco
- Contraturas
- Lombalgias posturais
- Fraturas por estresse
Vida adulta (30–55 anos)
- Maior exigência profissional e física
- Piora da musculatura por sedentarismo ou esforço repetitivo
- Início de degeneração nos discos e articulações
- Picos de dor aguda (hérnias, protrusões)
- Estresse emocional crônico que gera tensão muscular
É nessa fase que surgem muitos dos pacientes da Clínica Vertebrata — pessoas produtivas, cheias de compromissos… limitadas pela dor.
Maturidade e terceira idade (55+ anos)
- Desidratação natural dos discos
- Desgaste nas articulações (artropatias facetárias)
- Estenose de canal (estreitamento causado por artrose)
- Fragilidade óssea, risco de fraturas vertebrais
- Deformidades progressivas (cifose, escoliose degenerativa)
Muitos idosos são desencorajados a buscar tratamento — e isso é um equívoco.
Com técnicas modernas, é possível tratar pacientes com idade avançada com segurança e excelente resultado.
O maior erro: associar dor à idade como destino inevitável
Quantas vezes ouvimos:
“Isso é da idade.”
“Tem que conviver.”
“É o natural do envelhecimento.”
Mas atenção:
Envelhecer é natural. Viver com dor crônica, não.
A dor na coluna não é castigo pelo tempo.
É um sinal de que algo precisa de atenção.
E essa atenção pode — e deve — ser oferecida em qualquer idade.
Tecnologia a serviço da idade — e da qualidade de vida
Na Clínica Vertebrata, tratamos pacientes de todas as faixas etárias.
Casos reais:
- 18 anos: atleta com hérnia lombar extrusa
- 42 anos: mãe de três filhos com dor cervical incapacitante
- 74 anos: ex-caminhoneiro com estenose grave e perda de força
- 89 anos: avó ativa que voltou a caminhar após descompressão minimamente invasiva
O que todos têm em comum?
Dor verdadeira. Indicação precisa. Desejo de voltar a viver com liberdade.
Utilizamos:
- Endoscopia de coluna com anestesia local ou sedação leve
- Bloqueios terapêuticos ambulatoriais
- Técnicas de baixo impacto para dor crônica em idosos
- Tratamentos personalizados para jovens com sobrecarga física ou esportiva
Idade não é contraindicação — é critério técnico
Nenhum paciente é descartado por ser “muito velho” ou “muito jovem”.
O que muda com a idade é:
- O planejamento cirúrgico
- A via de acesso mais segura
- A dose anestésica
- O protocolo de recuperação
- O tempo de retorno às atividades
O tratamento da dor na coluna precisa ser artesanal — não industrial.
Nada de receita pronta. Nada de protocolo rígido.
Cada idade tem sua resposta.
Quando tratar precocemente muda o futuro
Quanto mais cedo a dor é investigada e tratada, menor o risco de danos irreversíveis.
Exemplos:
- A hérnia pequena de um jovem de 32 anos pode ser resolvida com endoscopia — ou virar uma compressão crônica se ignorada.
- A “dor da idade” de um idoso pode ser uma estenose severa — e, sem tratamento, levar à perda de mobilidade ou quedas.
A idade não impede o tratamento. A demora, sim.
Conclusão: sua coluna tem história — mas merece futuro
Não importa se você tem 28, 48 ou 78 anos.
A dor que você sente não é menor, nem menos digna de atenção.
Na Clínica Vertebrata, olhamos para a sua idade — mas olhamos mais para sua vida.
Sua rotina. Seus planos. Seu desejo de melhorar.
Porque a dor na coluna não tem idade para chegar —
E, felizmente, também não tem idade para ir embora.