Série: Dor na Coluna — O Que Você Precisa Saber Antes de Desistir Episódio 8 – Tratar a causa, não só o sintoma.
22 de outubro de 2025 | sem comentário | Categoria(s): Sem categoria
Imagine uma árvore com folhas secas, galhos tortos, aparência doente.
Você pode podar, lustrar, regar.
Mas se a raiz estiver apodrecida, tudo volta. Tudo piora. Nada se sustenta.
Assim também é o tratamento da dor:
Você pode aliviar o sintoma com remédio, alongamento, calor ou gelo…
Mas se não tratar a causa real, a dor volta.
E às vezes, mais forte do que antes.
Essa é a diferença entre cuidar de verdade — ou apenas adiar o problema.
Sintoma é o que dói. Causa é o que provoca a dor.
Vamos esclarecer:
- Sintoma é o que o paciente sente: dor lombar, queimação, dormência, formigamento, limitação.
- Causa é o que está por trás: hérnia, estenose, artrose, instabilidade, contratura, desalinhamento postural — ou um trauma antigo mal recuperado.
Tratar só o sintoma é como tomar antitérmico para esconder uma infecção.
O alívio é temporário. O problema permanece.
Casos reais: o que parece simples pode ser complexo
Caso 1 – “Dor no quadril que ninguém resolvia”
- Diagnóstico inicial: bursite trocantérica
- Tratamentos frustrados: 2 infiltrações + 15 sessões de fisioterapia
- Avaliação clínica: sinal de Lasègue positivo
- Exame de imagem: hérnia foraminal em L5-S1
- Tratamento: endoscopia de coluna → alta no mesmo dia → alívio total
Caso 2 – “Dor entre as escápulas confundida com ansiedade”
- Paciente de 39 anos, sedentário
- Tratado com ansiolíticos e psicoterapia
- Exame físico: dor nos processos espinhosos de T5-T7
- Ressonância: fratura de compressão por osteopenia
- Tratamento: denervação torácica + reabilitação postural → dor zerada em 2 semanas
Caso 3 – “Choque no pé, exames normais”
- Mulher de 52 anos com dor irradiada
- Ressonâncias normais
- Realizado bloqueio diagnóstico em L4-L5 → melhora de 80%
- Diagnóstico: microcompressão dinâmica
- Tratamento: endoscopia interlaminar → retorno à rotina em 5 dias
Esses casos mostram: resolver a dor exige escuta + exame clínico + correlação com imagem.
Não é mágica. É medicina bem feita.
O risco de tratar apenas o sintoma
⚠ Uso crônico de medicação
- Sobrecarrega fígado, rins, estômago
- Não impede a progressão do problema
⚠ Procedimentos ineficazes
- Fisioterapia sem objetivo
- Acupuntura aleatória
- Bloqueios genéricos com alívio breve
⚠ Desmotivação do paciente
- “Nada funciona…”
- “A dor deve ser psicológica…”
- “Estou ficando louco?”
⚠ Progressão silenciosa da doença
- Hérnia pequena → extrusa
- Artrose leve → estenose
- Instabilidade → espondilolistese
Tratar o sintoma sem investigar a causa é deixar o alarme tocar… mas ignorar o incêndio.
Como identificamos a causa real da dor na Clínica Vertebrata
A avaliação é sempre centrada em 3 pilares:
1. História clínica profunda
- Início, evolução, gatilhos
- Impacto na rotina, sono, trabalho
- Tentativas anteriores
2. Exame físico direcionado
- Testes específicos para nervos, articulações, músculos
- Avaliação postural e dinâmica
- Escuta ativa durante o movimento
3. Imagem com interpretação clínica
- Ressonância, tomografia, raio-X panorâmico
- Avaliação de exames antigos
- Correlação entre imagem e sintomas
E quando necessário, utilizamos bloqueios diagnósticos para confirmar hipóteses.
Tratar a causa não significa operar
Reforço importante:
Tratar a causa ≠ cirurgia.
Na maioria dos casos, o tratamento definitivo inclui:
- ✅ Endoscopia minimamente invasiva
- ✅ Bloqueios terapêuticos com reabilitação
- ✅ Denervações facetárias ou sacroilíacas
- ✅ Ajustes posturais orientados
- ✅ Fortalecimento muscular direcionado
- ✅ Neuromodulação medicamentosa
Mas tudo isso só funciona quando sabemos o que está causando a dor.
Conclusão: sintoma é o que incomoda — a causa é o que precisa ser resolvida
O paciente que trata só o sintoma entra em um ciclo de recaídas:
- O que parecia resolvido, volta
- O que parecia muscular, era nervoso
- O que parecia simples, era crônico
Na Clínica Vertebrata, não oferecemos atalhos.
Oferecemos o caminho correto.
Porque aliviar a dor por um dia é fácil.
Resolver a dor com respeito à causa real — isso é medicina.
Quando você nos procura, pode ter certeza:
Não vamos apenas tentar calar a dor.
Vamos entender o que ela está tentando dizer.