Estou acordando com dores nas costas. O que isso significa?
27 de janeiro de 2021 | sem comentário | Categoria(s): Artigos, coluna cervical, coluna lombar, coluna vertebral, dor na coluna, dores nas costas, Espondilite Anquilosante, vertebrata
Você sente uma forte dor lombar toda vez que levanta pela manhã? A sua dor nas costas o impede de dormir bem? Uma das sensações mais desagradáveis é aquela dor nas costas matinal que pode levar a dores lombares, bloqueios das articulações, e até mesmo outras patologias, se não for tratada a tempo.
A dor nas costas pode aparecer de forma intensa desde o início ou aumentar gradualmente de intensidade com o passar dos dias. Muitas pessoas percebem que a dor nas costas ao se levantar desaparece nos primeiros minutos de atividade. Mas, se o desconforto persistir, o melhor a fazer é consultar com um médico especialista para tratá-lo.
Continue lendo para descobrir alguns dos motivos que podem causar dores nas suas costas ao sair da cama.
Uma das causas principais de dor nas costas ao sair da cama é exatamente onde você dorme. Um colchão inadequado, que pode ser tanto mais duro, quanto mais macio, pode sim ser uma das razões.
Para cada pessoa, o colchão ideal é diferente. No entanto, recomenda-se àqueles que deem o suporte necessário para garantir o melhor conforto durante o sono. O mesmo vale para os travesseiros: aquele que melhor apoiar o pescoço deve ser a opção.
Outra razão a ser observada é a má postura ao dormir. Se você não muda de posição durante o sono, pode ser isso o que causa a sua dor nas costas. Dormir de bruços, por exemplo, pode manifestar o problema.
Certifique-se de dormir em uma posição que favoreça a manutenção das curvas naturais da coluna vertebral. Tente nunca dormir de bruços, pois é uma posição não natural e pode causar dores ao acordar.
Experimente dormir do lado esquerdo ou de costas. Isso evita dores de cabeça, pescoço e coluna, uma vez que ela é mantida em uma posição bastante neutra. Você pode colocar um travesseiro entre os joelhos, se dormir de lado, ou embaixo dos joelhos ou sob a coluna, se dormir de costas.
A rotina de sono também é importante. Evite dormir menos de 6 horas ou cochilos em poltronas, quando for dormir, você deve estar deitado para que os discos intervertebrais possam se hidratar o máximo possível e assim evitar o desgaste precoce, algo frequente em nosso tempo.
Também é possível que o seu problema esteja relacionado ao despertar incorreto. Se você forçar suas costas ao levantar, pode fazer um movimento errado e provocar alguma lesão. Em vez de se levantar pela frente, exercendo força abdominal e principalmente lombar, é melhor ficar de lado.
Para fazer isso, vire-se e fique deitado do lado que vai deixar e se apoiando com as mãos e os braços, levante-se lentamente até sentar na beira da cama, posição da qual você pode se levantar sem problemas.
Quando as dores nas costas podem ser algo mais grave
A espondilite anquilosante é um tipo de artrite da coluna vertebral. Ela causa inflamação entre as vértebras da nossa coluna, e as articulações entre a coluna e a pelve. Sua causa é desconhecida, mas é provável que os genes e os fatores ambientais desempenhem um papel em seu aparecimento.
Os sintomas prematuros incluem dor e rigidez nas costas. Esses problemas geralmente começam logo após a adolescência ou início da idade adulta. Com o tempo, a espondilite anquilosante pode fundir as vértebras e limitar os movimentos. Algumas pessoas apresentam sintomas que surgem e desaparecem, enquanto outras apresentam dores fortes e constantes.
E um dos principais sintomas da espondilite anquilosante é a rigidez das vértebras, geralmente na região lombar, mas que pode se espalhar para diferentes áreas do corpo à medida que a patologia evolui.
Em muitos casos, o momento em que a rigidez se manifesta com mais intensidade é quando você se levanta de manhã, e tende a diminuir com o passar do dia. Geralmente se acumula na região lombar, embora em estágios mais avançados da doença também possa afetar os a coluna cervical.
Atualmente, a porcentagem de pessoas que desenvolvem a condição mais grave da espondilite anquilosante é reduzida graças aos avanços da medicina. Isso significa que quem possui essa condição pode ter uma melhor qualidade de vida e melhor mobilidade por mais tempo.
Um dos pontos-chave para tratar o problema, é o diagnóstico precoce. A espondilite anquilosante não tem cura, e o seu tratamento tem como objetivo reduzir o desconforto do paciente e retardar a evolução do problema.
Para isso, envolve uma abordagem multidisciplinar, envolvendo a fisioterapia, a indicação da prática de exercícios físicos para o fortalecimento da musculatura, que passa a absorver o impacto e alivia as articulações, e a administração de medicamentos.
Assim como outras doenças inflamatórias, a espondilite anquilosante é controlável. Por isso da importância do diagnóstico precoce para a melhora da qualidade de vida do paciente.